
Não sei se ultrapasso uma linha limite contra qualquer invasão imaginária... mas decidi escrever a você.
Sei que não me conhece ao certo, não sabe meu paradeiro nem a cor de minha ternura disfarçada. Não te conheço, também, em pele e alma, mas imagino sua candura amarela e seus ouvidos de pêssego aveludado...
Hoje tive medo, lembrei-me que o mundo é demasiadamente grande e que as músicas são para serem ouvidas, não possuindo forma física para que meus dedos possam tocá-las nem guardá-las em uma caixa azul onde estão as cartas antigas de pessoas tantas... perdidas nas ruas que nunca mais pisei...
Sinto arrepios por não conseguir tecer o tempo, ele é quem faz rodopios em meus dias dando-me sono enquanto o sol faz vida.
Sabe, por tantas vezes sou uma pessoa feia e ranzinza... sou como viúva amargurada, com gosto de remédio velho na saliva. Às vezes pareço ruim e invento cena e diálogo em que as cartadas e trocos sou eu quem dou aos merecedores. Acho minha ironia tímida e ensaiada.
Outras vezes não quero ser o vento que sopra contra estabilidades alicerçadas no que se chama amor. Só queria saber, enfim, o que é isso e onde posso encontrá-lo in natura... você sabe?
Não sei qual a vantagem de creditarem a mim bondade se não a destino para o meu bem...
Ah sim! Hoje desfiz um mistério, sim mistério... talvez não seja dona de segredos. Desvendei há minutos que em mim habita uma moça antiga que gostaria de ter uma máquina de escrever e a inventou, daquelas que apitam ao término da linha, para que voltemos à margem seguinte... e lá as palavras escritas no papel, sejam pretas ou vermelhas jamais voltarão a ser brancas. São como as palavras ditas que nunca voltam ao mundo do “in-falado”, mesmo que delas nada façamos.
Nossa por que me lembrei da moça das anáguas em mim? Não faz sentido eu sei, mas você sabe que no mundo não há nexo algum... há apenas improbabilidades e paixões impensadas...
Termino esse rabisco junto ao fim de mais um dia lilás alaranjado... Desculpe-me pelo atrevimento, se quiser rasgar em pedacinhos miúdos minhas sílabas não me ofenderei, afinal tenho a certeza de que leu até o ponto final e isso me acalma feito banho de lavanda.
Sei que não me conhece ao certo, não sabe meu paradeiro nem a cor de minha ternura disfarçada. Não te conheço, também, em pele e alma, mas imagino sua candura amarela e seus ouvidos de pêssego aveludado...
Hoje tive medo, lembrei-me que o mundo é demasiadamente grande e que as músicas são para serem ouvidas, não possuindo forma física para que meus dedos possam tocá-las nem guardá-las em uma caixa azul onde estão as cartas antigas de pessoas tantas... perdidas nas ruas que nunca mais pisei...
Sinto arrepios por não conseguir tecer o tempo, ele é quem faz rodopios em meus dias dando-me sono enquanto o sol faz vida.
Sabe, por tantas vezes sou uma pessoa feia e ranzinza... sou como viúva amargurada, com gosto de remédio velho na saliva. Às vezes pareço ruim e invento cena e diálogo em que as cartadas e trocos sou eu quem dou aos merecedores. Acho minha ironia tímida e ensaiada.
Outras vezes não quero ser o vento que sopra contra estabilidades alicerçadas no que se chama amor. Só queria saber, enfim, o que é isso e onde posso encontrá-lo in natura... você sabe?
Não sei qual a vantagem de creditarem a mim bondade se não a destino para o meu bem...
Ah sim! Hoje desfiz um mistério, sim mistério... talvez não seja dona de segredos. Desvendei há minutos que em mim habita uma moça antiga que gostaria de ter uma máquina de escrever e a inventou, daquelas que apitam ao término da linha, para que voltemos à margem seguinte... e lá as palavras escritas no papel, sejam pretas ou vermelhas jamais voltarão a ser brancas. São como as palavras ditas que nunca voltam ao mundo do “in-falado”, mesmo que delas nada façamos.
Nossa por que me lembrei da moça das anáguas em mim? Não faz sentido eu sei, mas você sabe que no mundo não há nexo algum... há apenas improbabilidades e paixões impensadas...
Termino esse rabisco junto ao fim de mais um dia lilás alaranjado... Desculpe-me pelo atrevimento, se quiser rasgar em pedacinhos miúdos minhas sílabas não me ofenderei, afinal tenho a certeza de que leu até o ponto final e isso me acalma feito banho de lavanda.
2 comentários:
Taty,como me orgulho de vc,pequena!!!!cada dia,escrevendo mais e melhor....PARABÉNS....beijos da sua amiga que te amaaaaaa muito
Me
Demorei tanto no dilema cadastrar ou não cadastrar que já esqueci o texto...
... brincadeira, suas palavras não são tão efêmeras quanto você gostaria e nem tão duradouras quanto minha mente suportaria (graças a Deus).
Lindas palavras, pekena menina da máquina de escrever.
Beijões.
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